Tô tentando. Tô tentando. Tô tentando.
Tô tentando, parada no meu canto. Tô tentando, olhando para o nada. Tô tentando passar para o papel tudo o que eu estou sentindo, e olha que eu nem sei o que é.
Isso quase sempre acontece comigo: tenho flashbacks estilo filme holiwoodiano com tudo o que eu já disse, pensei, senti, vivi. E, cara, quer saber? Os livros que eu leio e dizem que garotas de 12 anos são bobinas estão certos, por que eu não vivi e não sei sobre m* nenhuma. Pra que tanto drama em uma pessoa só, minha gente?
Agora que eu estou de óculos consigo ver que, nos dias em que eu achava que o mar estava agitado, tudo não passava daquelas ondinhas que as criancinhas pulam, mas sempre acabam levando um caldo.
Criancinha. Garotinha. Bobinha.
A verdade é que talvez ninguém saiba nada sobre nada, que ninguém nunca vai viver o suficiente e que talvez a gente morra sem realizar todos os nossos sonhos. Então eu acho que, afinal, não haja problema em eu me iludir e dizer uma ultima vez:
Tô tentando.